sábado, 12 de dezembro de 2009

Silêncio misterioso


Não há como negar o misterioso silêncio da sociedade nortense e, sobretudo, do bloco que se diz oposição na Câmara de Vereadores, a respeito da vultuosa aquisição da Casa dos 300 mil reais. Pelo jeito, este além de intrigante, não faz bem a memória coletiva, já que a passividade como se digeriu esta operação é verdadeiramente um mistério.
Interrogações persistem sem resposta, entre as quais, chama atenção, indubitavelmente, é o preço do silêncio. Quem ainda não ouviu que "na vida tudo tem um preço"?
Será que tem secretaria na parada? Uma, duas, quantas...? o conto da participação no governo, ou quem sabe a aliança para 2012? É, pensando bem... tudo é possível.
Numa visão otimista, parece que este cenário está configurado no contexto político da aldeia. É muito difícil pensar diferente, porque a faca e o queijo estão na mesa e quem deveria fazer o corte, estranhamente se cala, se omite e nada faz.
Não bastasse isso, escuta-se que alguém contrapõe o atual governo municipal. Definitivamente há qualquer coisa em termos políticos neste pago, menos oposição de verdade.
Ouso dizer que se houvesse de fato este bloco contrário que apregoam pelas esquinas, não teríamos o contundente vazio com relação a esta compra, por exemplo, que deve ser melhor esclarecida, assim como, outros atos do Poder Executivo.
Então vejamos algumas dúvidas que pairam no ar:
Por que a avaliação do imóvel não foi feita por órgão independente?
Será que não seria prudente a avaliação da CEF, por exemplo?
Entre as amostras que foram utilizadas para avaliação do objeto da compra destacam-se alguns endereços com localização imprecisa, especificamente sem o número do prédio. Pode servir como parâmetro para avaliação algum imóvel contemplado nesta condição?
No que tange a argumentação da SMEC, que ações foram pactuadas com o MEC e quais ações/programas/projetos serão executados para que se justifique a referida compra? Será que realmente era necessária a aquisição deste imóvel? O município não dispõe de nenhum outro espaço que poderia ser melhorado com um investimento menor? Referenciamos o prédio da PROGRASA, por exemplo.
As dúvidas estão postas e os esclarecimentos pedem imperiosa passagem. Vejamos se alguém terá a ousadia de romper o misterioso silêncio que se abateu sobre a mui heróica e nos brindar com respostas aceitáveis. Ou pelo menos, com ações efetivas no sentido de buscá-las e de preferência, se obtê-las, levar a público, por favor.

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