quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O retrato do descaso com o dinheiro público






Nos últimos anos temos acompanhado a crescente evolução da pesca na agenda nacional impulsionada por um conjunto de projetos, programas e políticas públicas desencadeadas pelo Governo Federal, as quais culminaram recentemente com o histórico reconhecimento do setor através do Ministério da Pesca.
Neste contexto, merecem destaque iniciativas como as fábricas de gelo, o telecentro, o seguro defeso e o extraordinário, entre outras que beneficiaram o setor em nosso município.
Entretanto, no sentido contrário temos acompanhado também poucos esforços do estado e do município à pesca.
Ouve-se brados preocupados com os armadores, apenas com eles etc. Mas e os artesanais? Há não ser o GF quem olha por eles?
A iniciativa que envolve todos os entes, que por falta de vontade política e interesse local, ainda não funciona é a Cooperativa dos Pescadores Artesanais de São José do Norte.
É o típico retrato do descaso com o dinheiro público e da falta de representatividade do setor, ou seja, para ser bem claro, os pescadores artesanais não têm quem os represente. Até porque se tivesse alguém com mandato que lutasse por eles, algo poderia acontecer. Não é o que se vê na prática, infelizmente.
Há uma significativa importância de recursos públicos aplicados em um empreendimento que inexplicavelmente segue inoperante. Fato que frustra no mínimo, dezenas de trabalhadores da pesca que poderiam já ter melhorado suas vidas. Sem falar no aparente pouco caso com o empreendimento, visto que não se tem notícia de ações para a sua conclusão.
Faz-se urgente a retomada desta agenda importante que é a busca das soluções para que a COOPANORTE entre em funcionamento o mais rápido possível, já que os pescadores artesanais merecem esta conquista.
A notícia de que o governador eleito Tarso Genro deve dar uma atenção ao Cooperativismo gaúcho por meio de uma Secretária de Estado, ecoa positivamente para que se articule e se construa coletivamente não só o término da obra e o início da operacionalização da Coopanorte, mas, sobretudo o fortalecimento do cooperativismo no município.

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