sábado, 30 de abril de 2011

CIDADE RICA É CIDADE SEM POBREZA

Recomendo a leitura do artigo abaixo do companheiro Halley a respeito do desenvolvimento que chegou a vizinha cidade do Rio Grande e que poderia ser melhor gestado para que o povo mais humilde pudesse ser contemplado em uma amplitude maior.

Entra em campo a importância de um governo municipal que compreenda, sendo parceiro dos governos estadual e federal na reprodução destes projetos, bem como na busca incessante por soluções neste sentido.

Não é o caso de Rio Grande. Muito menos o de São José do Norte. Municípios vizinhos que não só poderiam, mas deveriam estar aproveitando com mais eficácia o ciclo virtuoso que estamos vivendo em nosso país.


Por isso Halley e amig@s temos que mudar para melhor.



Halley Lino de Souza*







Nossa cidade vive um momento econômico muito especial a partir da implantação do pólo naval através da ação decisiva do Governo Lula que reconstruiu a Indústria naval em nosso país. Esta ação transformou o cenário econômico do município fazendo com que Rio Grande ocupe a 4ª posição em termos de Produto Interno Bruto (PIB) no Estado do RS segundo dados da FEE/RS. Esta realidade tem reflexo no orçamento municipal que cresceu nos últimos 10 anos cerca de 385%, muito superior a inflação do período, chegando ao atual patamar de R$ 320,00 milhões para o ano de 2011.
Diante deste contexto é possível afirmar que temos uma cidade rica! Mas o povo rio-grandino tem conseguido desfrutar desta riqueza?
Na construção desta resposta, inicialmente, devemos considerar que o último censo do IBGE informou que tivemos um ínfimo crescimento populacional nos últimos anos estando com pouco mais de 197 mil moradores. Então se nossa economia cresce e o orçamento municipal decola com pouca variação no numero de pessoas significa que tem mais dinheiro para o povo?
A reposta é negativa, porque a nossa realidade demonstra que a riqueza produzida em nosso município está longe de ser distribuída aos rio-grandinos que não conseguem usufruí-la de forma direita na ocupação dos postos de trabalho, bem como o empresariado local , também, não consegue se inserir nas cadeias produtivas que estão sendo geradas na dimensão necessária para construir uma estabilidade econômica de longa duração.
Mas a maior decepção está por conta das políticas públicas locais, pois os dados de geração de riqueza e de grandiosidade no orçamento público contrastam com o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (IDESE) apurado FEE, onde para a Educação aponta Rio Grande na posição de nº 266. Já em relação à Saúde a situação é dramática, pois estamos ocupando o lugar de nº 408 dentre os 496 municípios gaúchos, sendo trágico o coeficiente de mortalidade infantil que é de 17,66 por mil nascidos vivos, bem superiores ao geral do RS que é de 11,51, ou seja, se a Saúde é ruim em tudo que é lugar a nossa é uma das piores. Se falarmos em infra-estrutura urbana, saneamento ambiental, trânsito e transporte coletivo a decepção é generalizada evidenciando que nossa cidade não foi preparada para o ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico que se apresenta.
A conclusão é obvia no sentido de que nosso povo não consegue desfrutar da riqueza que está sendo gerada, pois o imobilismo administrativo, o gerenciamento pouco imaginativo associado à falta de planejamento estrutural estão retirando as chances dos rio-grandinos e rio-grandinas construírem uma vida melhor para suas famílias. Precisamos distribuir a riqueza. JÁ ESTÁ NA HORA DE MUDAR O RUMO DESTA HISTÓRIA!

*Advogado e integrante da Regional Litoral Sul do PT


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