segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O descaso, a incompetência e o atraso


Fonte: http://www.imagensporfavor.com/

Não há como não relacionar diretamente o título da postagem com o quadro que está posto à agricultura familiar nortense. Em especial o abandono que vivem os cebolicultores.
As recentes declarações do técnico da EMATER e do Secretário da Agricultura, corroboradas pela inércia do governo municipal no que tange ao momento ruim que mais uma vez vivem os produtores rurais, contrariam o que se reflete nas ruas da cidade e principalmente na zona rural.
O sentimento é de tristeza, de impotência e de abandono.
O comércio já acusa o golpe, por consequência a arrecadação municipal deve cair e na esteira, menos serviços públicos devem chegar à população.
Não bastasse o atraso a que estamos submetidos, pois ainda, entra governo e sai governo, não conseguimos antever com razoável eficiência os caminhos para o escoamento da produção que é uma das principais fontes de riqueza do municipio. O que em boa parte justifica a nossa derrocada no setor.
Agora ao lado do descaso, já que a agricultura passa longe das prioridades do atual governo, entra em campo a incompetência, visto que os dados tabulados de nossa produção estão sendo postos em cheque.
Vide a portaria, até então desconhecida por estas bandas, que estabelece a política de preço mínimo para diversos produtos da agricultura familiar, entre outras providências, estabelece um abatimento de 10% para a nossa produção, enquanto que para a catarinense este desconto beira os 20% para quitação do Pronaf. Por que esta diferença? A cebola deveria estar sendo vendida a R$0,56 o quilo. E não este preço ridículo que está se praticando na praça.
Vá explicar isso para o agricultor!!! É dose né? Depois tem gente que olha atravessada, acha ruim, não é humilde suficiente para conviver com a crítica. O jeito para esses é apelar para cara feia,`à força da caneta, as viagens e aos números fora da realidade.
Os catarinenses estão anos luzes a nossa frente em termos de organização e competência. Não precisa dizer mais nada. Felicidades a eles. Nós que já fomos vanguarda nesta lide temos que bater palma a eles e esperniar por aqui para que a coise mude.
E na hora certa mudar também.
O mais recente exemplo que andamos na contramão pode ser facilmente ilustrado com relação ao decreto de emergência, importante para se entabular um conjunto de iniciativas pró agricultura e que até o momento São José do Norte não decretou.
Felizmente alguns se insurgiram contra estas adversidades indo até a Secretaria da Agricultura do Estado, ao Ministério da Agricultura e Superintendência do Banco do Brasil, para discutir e tratar demandas de toda a cadeia produtiva da cebola, desde o cultivo, armazenamento, renegociação de dívidas com o pronaf até a comercialização, enfrentando a situação de frente como deve ser. Vamos aguardar os desdobramentos destas caminhadas de Porto Alegre, mesmo com o municipio e a EMATER contra, há lideranças como advogado Jorge Madruga representando a Executiva Nortense do PT e com excelente relacionamento junto ao Secretário Mainardi da Agricultura, vereadores de todas as bancadas estão engajados e representações como o Sindicato Rural, Cooafam e Conselho de Desenvolvimento Rural estão firmes na luta pelos agricultores familiares nortenses.

Nenhum comentário: