segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O empate garantiu a festa verde e branca


Em uma típica decisão, o Barrense confirmou o favoritismo no estádio Domingo Spolidoro ao empatar em um gol e levou o caneco. O campeão abriu o placar em um contragolpe fulminannte com Peterson e de penâlti, a equipe da casa chegou ao empate. Resultado suficiente para que o grande Barrense colocasse mais uma faixa no peito e bordasse mais uma estrela em sua gloriosa camisa.
Já no ano novo, entre a ressaca dos festejos natalinos e da virada, o Barrense, no meu modesto e respeitoso entendimento, merecidamente sagrou-se mais uma vez, com toda a legitimidade Campeão Municipal do Futebol Não Profissional de São José do Norte.
Barrense o campeão de 2010. Ignorando as idas e vindas da chuva, a torcida da Povoação fez a festa.
Não vou discutir aqui o hiato que separa Amador de Não Profissional. Não há necessidade. Basta olharmos a história recente que dá para se ter uma leve amostra. As equipes da 5ª Secção e da Povoação da Barra não têm culpa. Ganharam dentro do campo, de acordo com o regulamento aprovado por todos os participantes, chegaram as finais e venceu a melhor. Parabéns à toda família Barrense. Aos diretores, atletas, torcedores e ao competente técnico Paulo Araujo que levanta mais uma taça.
Não vou ficar no muro com relação a arbitragem. Gostei bastante da atuação do trio, especialmente do árbitro Fábio Oliveira. Entendo as reclamações de quem teve seus gols anulados. O primeiro, da onde estava não tinha como ver, portanto fico com a opinião da maioria dos repórteres de campo que manifestaram concordância com a marcação do assistente. E o segundo anulado, percebi que antes da bola ser finalizada o árbitro sinalizou falta no zagueiro Vantuir.
No plano tático, vimos um jogo pegado de parte a parte. Pelo lado vermelho gostei das atuações do Vovô que jogou muito, Binho e Tiquinho.
Já o campeão com muitos destaques. A começar no gol com o Cris de grande atuação nas finais, principalmente no primeiro embate. No miolo da zaga o Vantuir. Zagueiro clássico que sabe a hora de sair jogando com a bola ao chão e quando tem que espanar o faz sem ressentimento. Excelente por cima e por baixo. Na meia cancha o maestro do time: o Jovílson, joga muito. E na frente o grande diferencial do Barrense, o homem-gol Peterson. Simplesmente decisivo. Entre estes que formam a espinha dorsal do time verde e branco, merecem referencia pela qualidade o Lukinhas e o Rodriguinho, embora ontem não redenram tudo o que são capazes.
A vantagem de se acompanhar uma decisão sem o seu clube de coração estar envolvido, é que enxergamos situações que quem está emocionalmente comprometido com o espetáculo não percebe. Para quem não sabe, o meu time é o Esporte Clube Guarany, o índio do Capão do Meio, o único campeão de tudo do amador nortense. Vou destacar aqui uma que não há como deixar de fazê-la. Com certeza devem ter outras. As deixo para quem quiser comentar, se quiser é claro.
O fato negativo da decisão foi a forma "amadora" que foram tratados os veículos de imprensa. Me refiro a todos sem exceção. As Rádios Minuano e Nativa de Rio Grande e a Rádio Litoral FM, a nossa rádio comunitária que cobriu a competição do começo ao fim. A comunidade sabe e acompanha em todos estes veículos os fatos do nosso futebol, sobretudo o pessoal do interior que se informa por este valioso meio de comunicação.
Todos profissionais com muito esforço, amor, carinho, competência e respeito aos ouvintes levaram ao ar uma grande transmissão, apesar das imensas dificuldades.
Heroísmo é a síntese da jornada a que os homens da imprensa que ousaram cobrir a final de ontem foram submetidos. Expostos a chuva, sem condição mínima de trabalho, sendo xingados por torcedores como se fossem culpados pelo resultado de campo. Jogados em uma barraca de lona que não os protegia, nem sequer os equipamentos de trabalho da chuva e do frio. Tampouco, tiveram a visibilidade adequada para trabalharem.
Nem precisa repetir que o trabalho da imprensa difundiu para o mundo pela internet a nossa final e por conseguinte, o nome de São José do Norte.
Uma competição que deixou de ser amadora faz tempo, como se explicar que tratasse os veículos de imprensa mais importantes da região e do município desta forma? Lamentável.
Será que ficaría mais pobre o município se tivesse providenciado três ou quatro cabines de madeira com telhado, similares as belas paradas de ônibus que foram colocadas na praia? Ou quem sabe alguma parceria com a iniciativa privada? Será que é tão difícil assim?
Poderia ser móvel, para serem colocadas em cima de algum trole ou caminhão para dar uma visão diferenciada a quem trabalha na cobertura de um evento tão importante. Entendo ainda que o município deveria providenciar o transporte dos veículos de imprensa que manifestam interesse em cobrir nossas competições, nossos eventos, nossa vida, ou seja, o cotidiano nortense.
Que se reflita bastante. Podemos e devemos melhorar muito. A expectativa é que fatos simples como estes não se repitam. Não tira o brilho do campeão em hipótese alguma, mas fica a nítida sensação de que poderia ter sido melhor.
Me perdoem os que pensam diferente. Desde já reitero que os compreendo, mas esta é minha opinião. O espaço é democrático. Portanto, quem quiser pode comentar a vontade.
Excelente ano novo para todos nós.

Crédito da imagem: projetobomdebola10.blogspot.com

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