sábado, 6 de março de 2010

Pobre São Xico


Os agentes políticos se sucedem e nenhum até agora teve a visão e a sensibilidade de dar a atenção que a única casa de saúde do município merece.
Pobre São Xico. Pobre Norte. Esta pobreza não é monetária. É de dignidade. É de sentimento. De falta de humanidade. Até que ponto a espécie humana pode ir em nome de um efêmero projeto de poder?
Não é de hoje o aparelhamento politiqueiro da instituição. As graves denúncias proferidas pelo seu ex-secretário executivo via imprensa, além de demandarem providências das autoridades competentes, nos remetem a uma reflexão mais ampla: o futuro do nosso hospital.
Será que ele terá mais tempo pela frente? Quanto? Dá pra imaginar o Norte sem seu hospital?
No que tange aos esclarecimentos sobre as denúncias, espera-se que o Parlamento faça uso da prerrogativa constitucional e promova uma CPI para apurar a fundo as responsabilidades.
A sociedade nortense quer e merece saber a verdade.
Olhando à frente, o enfrentamento a ser feito é responsabilizar o município pelos danos que causou a instituição ao longo dos tempos, fazendo com que ele cumpra seu papel, aportando o volume de recursos necessários ao seu funcionamento. Isso é o mínimo.
Algumas medidas fundamentais devem ser tomadas com rapidez:
* Profissionalizar a gestão, banindo a politicagem do hospital;
* Renegociar os créditos trabalhistas;
* Adotar a mesma prática aos encargos sociais;
* Encaminhar o processo de filantropia à AHMSF.
Definitivamente a saúde nortense está no fundo do poço. Agonizando. Só compreende este caos quem demanda os serviços do setor e se depara com este quadro catastrófico, decorrente da irresponsabilidade dos "gestores".
É hora de nos levantarmos, enquanto sociedade, para salvarmos o que resta do nosso insubstituível salvador de vidas: o São Xico!

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