domingo, 21 de junho de 2009

Educação deve ser política de estado e não de governo


O ato de educar começa em casa. O grande desafio é tratar a família que institucionalmente está se desmanchando, em função de uma violenta inversão de valores apregoados na sociedade contemporânea, a dita sociedade do conhecimento. A família está em apuros.

Então, os dias atuais e o futuro exigem políticas públicas que atendam toda a família. Inevitavelmente a estrutura pública num curto espaço de tempo deverá migrar para a educação de tempo integral, não vejo outra saída.
Precisamos estabelecer de forma mais arrojada uma audaciosa política de planejamento familiar. Deve haver uma forte sinergia entre Educação e Saúde, no que tange à prevenção.
A educação precisa ser tratada como política de estado e não de governo. Não é mais concebível que o município não tenha uma política educacional que o projete para o desenvolvimento. Não é de hoje que carecemos de gestão. Este é o caminho para minimizarmos este quadro nebuloso. Precisamos educar para a cidadania de forma democrática e emancipadora. Os trabalhadores em educação devem ser reconhecidos com uma remuneração digna e dispor de condições adequadas de trabalho. Não é cortando salário do dia pra noite que se resolvem as coisas. Não é deixando de aderir ao Piso Nacional hoje que as coisas vão melhorar. A gestão dos espaços educativos tem que ser democrática.
Creio que assim como a família, nossos educadores estão também pedindo socorro, face à violenta pressão a que cotidianamente são submetidos, aliado a esta desconexa conjuntura que não oferece perspectiva de melhora.
Não é comprando imóvel a peso de ouro no centro da cidade que resolveremos os problemas da educação. Nem tampouco perseguindo quem ousa pensar diferente do que está posto aí e que sabidamente não atende a demanda como deveria. Sabemos que cadeia é paleativo. Temos sim é que construir escolas. Investir nas e para as crianças.
Como digo sempre: A nossa causa tem que ser Educação. Precisamos atualizar o currículo. Trabalhar novas áreas do conhecimento como: informática, empreendedorismo, educação ambiental, música, arte e esporte. De modo que o educando passe o dia inteiro mais do que ocupado, sendo preparado para o futuro, de modo que tenha uma perspectiva de verdade.
O fato é que a gestão é ineficiente e por isso não contempla como deveria o interesse público. Consequentemente os problemas se acumulam e acabam sendo empurrados com a barriga. São tratados como se não tivessem acontecendo, ou como insolúveis, pois, sistematicamente, entra ano sai ano, pouco se vislumbra em termos de avanço.
Parafraseando Konrad Adenauer: “Vivemos todos sob o mesmo céu, mas nem todos temos o mesmo horizonte….”

A educação, se bem gestada, pode minimizar consideravelmente este abismo.

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