quinta-feira, 4 de junho de 2009

A Educação sob a ótica do Banco Mundial



















AS LINHAS GERAIS DO PROJETO EDUCACIONAL:
- Investimento prioritário na educação fundamental (estado mínimo) em contraposição aos Ensino Médio e Superior que seriam privados (mercantilização da educação);
- Eficiência na gestão: reordenamento, cessação e máxima utilização do espaço escolar; remuneração com base no desempenho em avaliações padronizadas;
- Centralização das propostas pedagógicas, dos processos decisórios e dos resultados das avaliações de desempenho.

EFEITOS PRÁTICOS:

-Aumento do número de alunos nas salas de aula (enturmação que já é realidade nas escolas);
- Crescimento dos cursos não-presenciais (Ensino Superior), tele-aulas, videoconferências e tutorias – uso da tecnologia para reduzir custos com pessoal;
- Desde a década de 90 proposta de cobrar mensalidades no Ensino Superior;
- Mudanças na legislação educacional (planos de carreira, formas de financiamento, contratos de gestão, etc.);
-Fim da Gestão democrática;
- Proliferação das ONG’s e OSCIP’s no serviço público;
- Avaliação externa: SAEB, SAERS, ENADE (Provão), Prova e Provinha Brasil;
- Política de recursos humanos: opção pela desregulamentação das profissões (preferência pelos contratos ou concursos por áreas de conhecimento);
- Matrizes curriculares (padronização e controle dos conteúdos).

COMO AGEM OS GOVERNOS NEOLIBERAIS:

* Organismo internacional financia;

* Estado altera legislação, orçamento, gestão, coerção tudo para satisfazer os "amigos financiadores";

*A Mídia se encarrega do discurso de legitimação, de consenso a respeito destas medidas impostas pelos agentes. Quem nunca viu um comentário do Lasier Martins ou leu o Blog da Rosane de Oliveira, por exemplo?

Vide estas tiras publicadas no Blog da Rosane de Oliveira:


04/05 - “A Secretária de Educação, Mariza Abreu disse estar disposta a afastar os fantasmas que rondam a proposta que poderá alterar os critérios de gratificações e promoções do magistério e instituir um sistema de meritocracia para a categoria” (Rosane de Oliveira).

14/04 - “No Piratini, a preocupação é não passar a ideia de que a mudança nas carreiras dos servidores, a aprovação da previdência complementar e outros pontos rejeitados por funcionários públicos são exigências do banco [Banco Mundial]” (Rosane de Oliveira)



As reuniões não são debates, mas a futura justificativa de que discutiram o Plano de Carreira com a categoria. Secretária da Educação e Coordenadores fazem peregrinação pelas Escolas para tentar convencer os trabalhadores em educação de que esta proposta de plano é "viável" para a categoria, de que melhora. MELHORA PARA O GOVERNO E PARA O BANCO MUNDIAL, QUE GARANTE O RESSARCIMENTO DE SEU EMPRÉSTIMO COM PESADOS JUROS.

DESAFIO IMPOSTO AOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO:


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E aos deputados gaúchos um lembrete:

Não destruam nossas carreiras. Porque se fizerem isso, com certeza, em 2010, nas urnas, nós destruiremos as suas.

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